“Somos todos iguais, o que nos diferencia de nós mesmos é o nosso preconceito…” Everton Carlos, extraído do site mundo: mensagens
Por muitos anos, tratando de seres humanos através da Terapia Holística e da espiritualidade, pude olhar para o meu interior, para o meu coração, e perceber ao longo dos 63 anos de idade quantas oportunidades foram perdidas e quantas se tornaram possíveis através de minha doação e evolução no mundo holístico.
Retornei ao passado e assisti a um longo filme, onde a dor da rejeição, da frustração, da insegurança causavam em mim bloqueios no processo de evolução de minha alma e do ser humano que represento nesta vida.
Competir, ser avaliado, tomar frente do novo, ser o centro das atenções e visto como referência, era um processo torturante. Necessitava sempre sentir que não estava só. Por muito tempo, vivi a angústia e o tormento de ser forçado a fazer o papel de Vidraça.
Estudei, trabalhei, fiz parte de projetos e inúmeras certificações, onde na maior parte das vezes sentia aquele frio correndo pela coluna e um temor contagiante. Atuei ao longo dos anos nos mundos corporativo e holístico (no segundo plano). Aproximadamente 28 anos atrás, passei por uma consulta de Radiestesia e tomei a primeira dose do Floral de Bach, sendo este o divisor de águas em meu processo de evolução humana e espiritual.
Hoje tenho a certeza de que em meu interior há uma essência única, representada por um mesmo Deus que está também habitando todos os seres humanos, representado pela centelha de luz divina, independente de crenças. Apenas o aceitei em sua completude, assumi em meu interior sua unicidade e me coloquei como um bom fio condutor de energia.
No momento do nascimento, carregamos em nossa composição genética e DNA crenças e valores herdados de nossos pais. Desde o nascimento, somos influenciados e conduzidos por padrões externos, que podem ou não trazer em nosso interior perdas imensas, traumas irreparáveis.
Vamos compondo nosso modelo humano através do caráter, fé, índole, crenças e valores, padrões e limites. Seguimos a semelhança humana nas relações, procurando sempre estar bem próximos de todos os que nos rodeiam e nos influenciam em nosso desenvolvimento. Acumulamos histórias e sentimentos que geram em nosso interior o preconceito, nos fazendo vítimas do acaso.
Talvez o medo seja um dos fatores mais predominantes na composição dos preconceitos que instalamos conscientemente ou não em nosso ser. Ele é a barreira que criamos em nosso interior, quando deixamos de nos amar, aceitar e viver naturalmente cada ciclo de vida.
Sempre que comparamos nosso processo de evolução com o mundo externo, quando ficamos presos em situações e vivências do passado, retemos em nosso coração, em nossa mente, a sensação de que não estamos preparados ou aceitos naquele grupo ou cenário. Carregamos fatos ocorridos desde o nosso nascimento como marcas torturantes e vergonhosas de um passado que fez parte de nossa evolução. Se tivéssemos naquele momento a maturidade de hoje, talvez tudo seria diferente.
Criamos um mundo imaginário frustrante, oprimido, e vamos nos colocando sempre no pior local desse cenário, com uma nova realidade virtual negativa, composta por telas mentais cada vez mais impossíveis e improváveis de serem atingidas.
Passamos a gerar dúvida e incerteza, represar sentimento de rejeição, não assumir a nossa identidade e verdade, nos sentindo vítimas do acaso e transferindo de certa forma a culpa e a responsabilidade para o outro. Deixamos assim de viver o que a vida nos oferece de melhor.
Quando criamos coragem e passamos a olhar para o nosso interior e enfrentar todas emoções, passamos a nos identificar, aceitar e viver naturalmente, como seres únicos em nosso processo de evolução. Semear o nosso melhor, não interferir no processo do outro e SER FELIZ EM ESSÊNCIA, pois tudo vai passar.
Se a vida o colocar como uma vidraça, seja a mais bela e melhor de todas, não sofra antecipado os riscos que poderá correr. Viva todos os momentos que a vida proporcionar, não tema e nem desista jamais.
Creio que meu maior aprendizado esteja em não transferir, para meu processo interno de evolução, aquilo que é do outro. Não seguir os padrões impostos pela religião ou sociedade. Ter a consciência plena de optar e fazer escolhas, mesmo que o caminho seja tenebroso ou frustrante. Retorne, reconcilie e faça sua nova opção, mesmo que seja a de seguir a multidão.
Durante cada consulta como Terapeuta Holístico, incluindo a Radiestesia (ciência), Florais (água vibracional que atua na alma), equilíbrio energético e espiritual, tenho o cuidado de não induzir a pessoa em suas escolhas. Peço para olhar profundamente para o seu interior, ter a consciência plena de ser único em seu processo natural de evolução. Assumir sua condição humana e viver naturalmente com tudo o que representar o seu melhor.
Faço perceber que o preconceito não está atrelado a casta social, financeira, nem tão pouco aos valores impostos pela sociedade.
Ele está enraizado dentro de cada um de nós, a partir do momento que deixamos de nos ver como seres normais e únicos, quando deixamos de assumir nossas opções e escolhas de como viver, amar, ser, interagir.
Viva e seja o natural.
Carlos Tonello – Terapeuta Holístico