Não importa o espaço físico que habitamos ou permanecemos por longos períodos, necessitamos sim, sentirmos nossa vida fluir naturalmente em todos os setores, ser acolhido e envolvido por uma paz imensa.
Desde os povos das civilizações mais antigas, há uma técnica que busca nos presentear com esta felicidade e paz plena. Possuíam um cuidado imenso de observar nos vastos campos o melhor local para montar seu abrigo, casa, templo, castelo. Colocavam determinados tipos de animais/rebanhos por um bom período em determinados locais. Passado o tempo, retornavam para analisar a saúde desses animais. O mesmo com o plantio de sementes.
Hoje, não é diferente, pois o local que o cachorro permanecer em repouso por mais tempo, é o ponto positivo para instalar nossa cama, já o local que o gato permanecer por mais tempo, há uma grande concentração de energia telúrica, que para o ser humano, poderá trazer algum prejuízo desde sua saúde física.
Desde 2000 realizo trabalhos de Feng Shui e Radiestesia, buscando o equilíbrio de energia dos locais e das pessoas. Sobre a planta baixa do imóvel, buscamos identificar se há energia nociva à saúde e itens que poderão trazer um maior desequilíbrio e bloqueios em todos os setores da vida de seus habitantes.
Uma casa saudável, independente de seu grau de simplicidade ou de nobreza, é aquela que ao entrarmos, somos bem recebidos e até esquecemos rapidamente de sua área externa, do caminho percorrido para chegar até lá. É aquele local em que podemos permanecer tranqüilos, não tendo vontade de sair.
Durante milhares de anos, sábios mestres, da Índia e da China, desenvolveram uma técnica poderosa, que até hoje é aceita pelo mundo, chamada Feng Shui.
Diversas escolas foram criadas, levando em consideração os elementais da natureza, o fluxo de energia SHA e CHI, o imóvel com relação ao terreno, declive, posição do sol, horizonte e montanha, a circulação de energia , externa e interna, a posição do imóvel com a sua posição geográfica, a energia do subsolo, de vizinhos, entre outros.
A Escola da Forma, que é uma das mais antigas, seguida da Escola da Bússola, seguem um padrão rígido, que no meu ver, deixam de ser práticas para nossos dias, pois a casa, a porta de entrada, seus habitantes, são pré-definidos com regras bem rígidas.
Hoje, com o crescimento desproporcional das grandes cidades, espaços mínimos, se torna inviável aplicar as escolas mais tradicionais, pois vivemos em locais aglomerados de apartamentos, tendo a visão de igreja, cemitério, escola infantil, prédios e locais em ruína, abandonados. Locais sufocantes que não são banhados pela energia do sol, banheiros na parte central do imóvel, cozinha sem janela, definição de quartos entre irmãos mais velhos e mais novos, diferenciados ainda de acordo com o sexo, pais, e outras figuras, cortes e fendas com ângulos de 90º, vigas expostas, e tantos outros itens que geram um estresse constante.
Para os chineses a casa é uma projeção de nós mesmos.
Na década de 30, surge a Escola do Chapéu Preto. Nascida do budismo tibetano, pelo mestre do budismo tântrico Thomas Lin Yun, da linhagem dos Chapéus Pretos, agrupou o conhecimento das escolas tradicionais de Feng Shui e de outras técnicas que incluíam o aspecto psicológico do ser humano e o seu subconsciente. Considerou não só as cores, as formas e os pontos cardeais, mas também a relação psicológica entre o homem e seu ambiente.
Teve uma idéia visionária, ao desenvolver o Ba Guá e utilizá-lo como uma bússola para nortear nossa porta de entrada. Conseguiu assim, introduzir este sábio conhecimento dos Estados Unidos e pulverizá-lo pelo mundo. Tornou sua aplicação muito viável e prática, pois independe qual é a posição da porta de entrada principal de sua casa, se existe uma janela em frente trazendo horizonte ou uma montanha nas costas (fundos do imóvel).
Essa Escola é a mais difundida principalmente nos Estados Unidos e no Brasil, devido à simplicidade de sua aplicação em todas as áreas de nossa vida, sendo considerada a mais funcional.
Ensina que para reequilibrarmos harmoniosamente a energia de nossas vidas, devemos harmonizar o fluxo de energia de nossa casa, do local de trabalho e de todos os ambientes de nossa vivência.
Na aplicação dessa Escola, trabalhamos com forma, pensamento e desejo, envolvendo a energia do ambiente em que habitamos com a nossa energia.
O objeto utilizado para posicionamento das áreas é o BA-GUÁ ou Pa Kua. Ele representa uma simplificação acentuada da antiga bússula Lo Pan, instrumento utilizado por monges e astrólogos da China Antiga e Clássica.
É um objeto composto de oito lados, que aplicado sobre a planta do imóvel ou de um ambiente qualquer, direciona a localização de cada área de nossa vida, facilitando a aplicação do Feng Shui.
O Ba-Guá é considerado uma Bússola da Escola do Chapéu Negro.
Cada lado do Ba-Guá é identificado como um GUÁ e representa uma determinada Área / Setor da vida dos moradores:
Trabalho, Espiritualidade, Família, Prosperidade, Sucesso, Relacionamento, Criatividade e Amigos.
Na parte central um círculo que representa a Saúde.
nota. há matéria sobre Ba-Guá divulgada anteriormente em meu site http://carlostonelloterapeuta.com.br
Carlos Tonello – Terpeuta Holístio – Consultoria em Feng Shui, Radiestesia e Floral